Dentre os métodos atuais de edição genética, um dos mais avançados é a CRISPR, que representa “repetições palindrômicas curtas interespaçadas regularmente e agrupadas”. Esse sistema de edição adaptado de bactérias, permite que o material genético seja adicionado, removido ou alterado em locais específicos do genoma com alta precisão. Essa ferramenta, inclusive, possibilitou um procedimento que abalou o mundo, na criação dos primeiros bebês geneticamente modificados. Recentemente em um experimento realizado na Universidade de Oregon, nos Estados Unidos, o CRISPR foi utilizado em um humano para tratar uma forma rara de cegueira, sendo algo inusitado na utilização da ferramenta. No procedimento, foi tratado um paciente diagnosticado com Amaurose congênita de Leber. Essa doença genética é causada por uma mutação que inibe a produção de uma proteína que converte a luz em sinais elétricos no cérebro, acarretando em pouca visão e perda progressiva da mesma durante a vida.
Na cirurgia, foi injetada posteriormente à retina uma solução que transportava um vírus específico, o qual tinha as instruções para levar a CRISPR ao interior das células do olho. Ali editaria os trechos de DNA com a mutação, removendo a parte comprometida, recobrando a função normal do gene para a produção da proteína. Assim, as células poderiam desempenhar seu papel correto de transforar a luz em sinais elétricos, permitindo ao paciente enxergar novamente. O experimento atualmente está em fase de espera de sinais de resultado, sendo preciso alguns meses para saber se foi funcional e está recuperando a visão do voluntário. Caso tudo ocorra corretamente, os pesquisadores desejam realizar novos testes em mais voluntários. Acesse o artigo completo em: https://www.npr.org/sections/health-shots/2020/03/04/811461486/in-a-1st-scientists-use-revolutionary-gene-editing-tool-to-edit-inside-a-patient
0 Comentários
Enviar uma resposta. |
AutorEscreva algo sobre si mesmo. Não precisa ser extravagante, apenas uma visão geral. Histórico
Novembro 2020
Categorias |