Segundo os pesquisadores, contato anterior com outros tipos de coronavírus podem modificar a reação ao SARS-CoV-2, sendo a reação benéfica ou prejudicial de acordo com o número de exposições.
A pesquisa de caráter internacional (em processo de revisão por pares para ser publicada), contando inclusive com pesquisadores brasileiros, buscou investigar o porquê a população infantil era mais afetada por coronavírus endêmicos que a população mais velha, o que acontece ao contrário com o novo coronavírus. No estudo, simularam uma equação onde exposição à diferentes coronavírus influenciaria na gravidade do Covid-19. Foi encontrado assim uma relação entre a idade, exposição aos vírus e gravidade dos casos. Uma das hipóteses elencadas é que inicialmente, o contato com outros coronavírus gera proteção inicial ao SARS-CoV-2, devido ao fato dos vírus possuírem semelhanças estruturais. No entanto, com o passar do tempo, a reatividade cruzada ou heterotípica (quando o corpo responde a um patógeno com elementos de defesa de outro) seria prejudicial, pois a resposta seria especializada aos coronavírus endêmicos, dificultando a reação contra o novo vírus. Assim, uma criança com menos contato à coronavírus endêmicos teria uma resposta heterotípica positiva contra o SARS-CoV-2, o que seria ao contrário em uma pessoa mais velha, pois provavelmente esse indivíduo teria tido contato com mais vírus e consequentemente resposta imunológica mais específica. A partir da pesquisa os estudiosos salientam a necessidade de se buscar mais sobre a reatividade cruzada, o que poderia explicar muitos aspectos do cenário de infecções atual durante a pandemia e como mecanismos de defesa antiviral estariam associados. Acesse o artigo original em: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2020.07.23.20154369v1
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Novembro 2020
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