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O Teste do Pezinho é um exame feito a partir do sangue coletado do calcanhar do recém-nascido, que deverá ser realizado após 48 horas do nascimento e a criança ter sido alimentada, preferencialmente entre o 3º e o 5º dia de vida. A realização do teste é obrigatória em todo o território brasileiro. O objetivo do exame é identificar doenças genéticas e metabólicas que não apresentam sinais e sintomas logo no nascimento, mas que podem desencadear deficiência intelectual, o que compromete a qualidade de vida e saúde da criança (FEPE, 2021; UNICAMP, SI).
O "Teste do Pezinho" foi introduzido no país na década de 70 com o intuito de identificar duas doenças (chamadas pelos especialistas de "anomalias congênitas", porque se apresentam no nascimento): a fenilcetonúria e o hipotireoidismo. Ambas, se não tratadas a tempo, podem levar à deficiência mental. Até o ano de 2001, a triagem neonatal no Brasil era realizada por iniciativa de diferentes instituições, com grandes diferenças entre os vários Estados, apesar da existência de leis federais desde 1990 que tornavam obrigatória a realização dos testes. A implementação do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), mediante a Portaria do Ministério da Saúde nº 822, de junho de 2001, tornou viável a implantação da triagem neonatal em todos os Estados (FRANÇA; DOMINGOS, 2008; UNICAMP, SI). Quando encontrado um caso positivo faz-se o encaminhamento para tratamento, o mais rápido possível, reduzindo as chances de que o recém-nascido venha a desenvolver complicações graves causadas pelas doenças pesquisadas. Atualmente o teste do pezinho, gratuito e realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no estado do Paraná, atualmente detecta as seguintes doenças: Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito, Fibrose Cística, Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias, Deficiência de Biotinidase; Hiperplasia Adrenal Congênita, Deficiência da desidrogenase acetil CoA de cadeia curta (SCAD), Deficiência da desidrogenase acetil CoA de cadeia média (MCAD), Deficiência da desidrogenase acetil CoA de cadeia longa (LCHAD), Deficiência da desidrogenase acetil CoA de cadeia muito longa (VLCAD) e Deficiência do transporte da carnitina primária (CTD) (FEPE, 2021). No ano de 2021, foi sancionada a Lei nº 14.154, que ampliou para 50 o número de doenças rastreadas pelo Teste do Pezinho oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Com a nova lei, o exame passará a abranger 14 grupos de doenças. Essa ampliação ocorrerá de forma escalonada e caberá ao Ministério da Saúde estabelecer os prazos para implementação de cada etapa do processo. Por: Jéssica Albino, Enfermeira e Acadêmica do curso de Medicina da UNILA. Referências FEPE. Programa de Nacional de Triagem Neonatal. Curitiba. Disponível em < https://www.fepe.org.br/teste-do-pezinho/. Acesso em: 25 nov. 2021. FRANÇA, S. N.; DOMINGOS, M. S. Triagem neonatal do hipotireoidismo congênito: novas conquistas e novos desafios. Arq. Bras. Endocrinol. Metab., São Paulo, vol.52, no.4, 2008. UNICAMP. Teste do Pezinho. Disponível em:<https://www.fcm.unicamp.br/fcm/cipoi/triagem-neonatal/teste-do-pezinho>. Acesso em: Acesso em: 25 nov. 2021.
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Maio 2022
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